Injustiça ou consequência


Nesta semana, uma atividade escolar de filosofia, para crianças de 10 anos, me chamou a atenção. Nela continham imagens de pessoas em situação de rua e pessoas pedindo esmolas, então o aluno precisava indicar se era justo ou injusto e justificar a resposta.


Justo ou injusto!? Duas opções somente!? Isto não estaria induzindo a criança a responder que é injusto!? Já que, é claro, trata-se de uma situação triste. Mas que escolhas levaram a pessoa aquela situação!? A culpa é de quem!? Se é injusto, quem cometeu a injustiça!?

Esse tipo de ensino não está condicionando as crianças a pensarem que sempre há um culpado para as escolhas erradas que são feitas!? Então não há consequências!? Então eu não sou responsável, a culpa sempre é do outro!?

Precisamos estar atentos para formar seres pensantes, responsáveis, fortes e não vítimas. Sempre temos escolha e nós somos responsáveis por elas. É isto que tem de ficar claro paras as crianças.

É preciso cuidar com as sementes que estão sendo plantadas nas mentes dos nossos filhos, não terceirizar a educação. Acompanhar o ensino das crianças de perto. Pois o que está sendo mostrado para eles hoje, vai refletir no adulto que eles serão.

Reflexão

Porque querem nos separar?

Somos todos humanos, cheios das mais diversas emoções. Homens e mulheres de várias etnias, com as mais diversas crenças e culturas, teoricamente livres para fazer as nossas escolhas. Mas, em observação a tudo que chega até nós, em todas as mídias a que somos expostos, é nítido que querem nos moldar, nos colocar em grupos separados, incluir uns para excluir outros. Nos colocam em disputa, em conflito. Usam de todas as artimanhas para nos convencer de que o que estão fazendo é para o bem de todos, mas na verdade estão nos deixando confusos, inseguros, com medo e cada vez mais divididos.

Penso que temos de buscar a evolução para dar condições a todos e nunca tirar uns para colocar outros, porque nisto não há justiça, só substituição, frustração e ansiedade. Acabamos por ficar enfraquecidos e assim facilmente dominados e usados conforme a vontade de quem está no comando desta desordem toda. E é muito provável que seja essa a intenção, porque atormentados nos tornamos presa fácil.

Precisamos estar vigilantes. Sermos reflexivos e questionadores e não meros marionetes deste ou daquele. Buscar entender as reais intenções que estão por traz daquilo que nos distrai, que nos separa, que nos confunde. Cuidar com as narrativas que são criadas para nos enredar, usando até o amor, que está sendo banalizado, para dar poder a quem só tem interesse em gerar conflito entre nós. Estejamos atentos!

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